quarta-feira, 25 de junho de 2008

Voltemos aos filmes...

E porque sou grande fã de banda desenhada, os filmes que vou comentar têm uma razão de ser...
A adaptação, e o sermos nós em qualquer circunstância, mesmo que tenhamos que lutar para provar que, apesar de diferentes podemos fazer parte de uma sociedade, assim como o facto de termos uma posição social não significa que tenhamos tudo, e muito menos a felicidade...
Falo de Happy Feet, o pinguium diferente, que aceitando a si como diferente consegue fazer a diferença.

e Flushed Away (Por água abaixo), a história de um rato da alta sociedade que se vê desprovido das suas "riquezas"


São dois filmes muito divertidos e especialmente, e esta é a razão primária deste post, com uma banda sonora deliciosa. As músicas retiradas do baú das recordações, trazem de volta músicas dos anos 70 e 80, e no caso do primeiro Brittany Murphy, Nicole Kidman e Robin William, entre outras vozes tornam a banda sonora ainda mais sensacional.
Simplesmente genial...

Pra quem ainda não viu, recomendo.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Aimee Anne Duffy


A Princesa do País de Gales, aquela que querem comparar com a Winehouse...
Mas nem de perto.
23 anos e com uma voz de ... incendiar, com o seu single de lamçamento, "Mercy", Duffy marca definitivamente a sua posição no mundo da música.

Poderiamos até comparar a sua voz com a de Amy. São duas vozes de arrebatar, mas Duffy tem a vantagem de ter uma voz mais limpa e forte.

"Rockferry", o album de lançamento é um execelente exemplo da "soul" na voz desta "miúda".

Aconselho vivamente...

Boa Música!!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Brandi Carlile

O nome não diz muito?
E se falarmos do anúncio da SuperBock?
É exactamente a cantora desse anúncio. A música? "The Story"
O single de lançamente do albúm com o mesmo nome.
Esta jovem, de 25 anos, com uma voz carregada de sentimento e com um tom parecido com Gianna Nannini, iniciou-se na música por influencia das músicas ouvidas pelos pais.
Lançou-se na música por sua conta, até que a Columbia Records lhe lançou a mão e permitiu o reconhecimento como artista pela revista "Rolling Stones".
Com este albúm Brandi alcança o merecido reconhecimento mundial.

O albúm sai a 23 deste mês... até lá... procurem na Youtube ou assim... ou veja o anúncio do patrocinador do blog.

e boas músicas...

O Afinador de Pianos - Daniel Mason



"Nos segundos fugazes da memória final, a imagem que se tornará a Birmânia é o sol e a sombrinha de uma mulher. (...)
Os Bedin-saya, que interpretam sonhos em recantos frescos e perfumados dos mercados, contaram-lhe que o sol que nascia na Birmânia era diferente do sol que nascia no resto do mundo. Bastava-lhe olhar para o céu para o saber"

Este romance conta a história de um inglês, afinador de pianos, que se apaixona por um país e uma cultura totalmente diferente da sua e onde aprende a perceber que as diferentes formas como se vê a vida e como se tira partido dela, não são necessariamente más. Mas que os interesses políticos são por várias razões a força por trás.


Daniel Mason, o autor, fez bacharelato em Biologia e enquanto estudava a malária na fronteira da Birmânia com a Tailândia, surgiu este romance que o coloca na categoria de escritor com apenas 23 anos.

Para justificar a escolha do protagonista, um afinador, Mason diz: "Um compositor dá a música, o pianista a actividade mecânica e o piano o mecanismo, mas o afinador é aquele cujo trabalho transforma as motivações humanas e a máquina num som belo."

A ler...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Big Brother


Não, não vou falar do programa bera que a grande maioria assiste com agrado e ainda aproveita para comentar, quando nesse fim de semana não houve futebol.
Se tivesse de comentar aqui algo sobre o programa que foi disseminado pelo mundo inteiro, extraído das pessoas que participam, e das que assistem, o pior que elas têm dentro de si, este blog deixaria de fazer sentido.
Quero antes falar da origem do termo "Big Brother" uma vez que me apercebi que pelo menos 85% das pessoas a quem perguntei não faziam a mínima ideia do que era ou de onde vinha a ideia original.
Por isso, para quem não sabe e queira saber... parte de um livro de George Orwell - 1984, a história de um mundo dominado pela informação.


Quer pela participação da informação controlada, verdade ou mentira, a população só recebe a informação daquilo que o governo quer que eles saibam... para serem melhor controlados, assim como põem uns e outros a controlar-se e a prestar atenção aos movimentos de cada um.
A vida das pessoas está constantemente vigiada, em casa, no trabalho, na rua... o grande irmão é o lema... um olho projecta-se em todo lado na cidade para lembrar que cada movimento está a ser completamente controlado.
Tudo isto, feito por um grupo restrito que tudo tem a ganhar em controlar os peões de um jogo que nem eles sabem que participam.

Este livro já foi adaptado para o cinema na década de 80.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Exaustão - Carlos Oliveira Cruz

Nas enseadas dos segredos
Há uma outra vida em surdina
De encontros breves e intensos
De renasceres nunca encontrados.


As aves nas escarpas negras
Fazem a dança dos excluídos
Quanto mais perto da morte
Mais rente o peito da Rocha.

Lá estão os amantes em suspenso
Em voos rápidos e acutilantes
Desprezando o relógio dos costumes

É preciso percorrer essas enseadas
Criar tempo e imaginá-los
Até à exaustão dos sentidos e das noites.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Bocage

Não só porque este é o grande poeta da minha cidade, mas porque sendo este blog virado para a "cultura", e porque, o café que por vezes frequento ser todo ele uma homenagem ao escritor... Pelo nome, pela praça onde se encontra, a Praça do Bocage, em Setúbal, e porque o seu interior está todo decorado com textos do poeta, quero aproveitar para fazer aqui algumas referências a este personagem, também ele importante na nossa literatura e história.

Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage (Setúbal 15/9/1765 - Lisboa, 21/12/1805), poeta português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano. Embora ícone deste movimento literário, é uma figura inserida num período de transição do estilo clássico para o estilo romântico que terá forte presença na literatura portuguesa do sec. XIX.

Filho do bacharel José Luís Soares de Barbosa, juiz de fora, ouvidor, e depois advogado, e de D. Mariana Joaquina Xavier l'Hedois Lustoff du Bocage, cujo pai era francês.
Estátua de Bocage em Setúbal
Estátua de Bocage em Setúbal

Sua mãe era segunda sobrinha da célebre poetisa francesa, madame Marie Anne Le Page du Bocage, tradutora do "Paraíso" de Milton, imitadora da "Morte de Abel", de Gessner, e autora da tragédia "As Amazonas" e do poema épico em dez cantos "A Columbiada", que lhe mereceu a coroa de louros de Voltaire e o primeiro prémio da academia de Rouen.

Apesar das numerosas biografias publicadas após a sua morte, boa parte da sua vida permanece um mistério. Não se sabe que estudos fez, embora se deduza da sua obra que estudou os clássicos e as mitologias grega e latina, que estudou francês e também latim. A identificação das mulheres que amou é duvidosa e discutível.

A sua infância foi infeliz. O pai foi preso por dívidas ao Estado quando ele tinha seis anos e permaneceu na cadeia seis anos. A sua mãe faleceu quando tinha dez anos. Possivelmente ferido por um amor não correspondido, assentou praça como voluntário em 22 de Setembro de 1781 e permaneceu no Exército até 15 de Setembro de 1783. Nessa data, foi admitido na Escola da Marinha Real, onde fez estudos regulares para guarda-marinha. No final do curso desertou, mas, ainda assim, aparece nomeado guarda-marinha por D. Maria I.

Nessa altura, já a sua fama de poeta e versejador corria por Lisboa.

Em 14 de Abril de 1786, embarcou como oficial de marinha para a Índia, na nau “Nossa Senhora da Vida, Santo António e Madalena”, que chegou ao Rio de Janeiro em finais de Junho. Na cidade, viveu na actual Rua Teófilo Otoni, e diz o "Dicionário de Curiosidades do Rio de Janeiro" de A. Campos - Da Costa e Silva, pg 48, que "gostou tanto da cidade que, pretendendo permanecer definitivamente, dedicou ao vice-rei uma poesia-canção cheia de bajulações, visando atingir seus objectivos. Sendo porém o vice-rei avesso a elogios, fê-lo prosseguir viagem para as Índias". Fez escala na Ilha de Moçambique (início de Setembro) e chegou à Índia em 28 de Outubro de 1786. Em Pangim, frequentou de novo estudos regulares de oficial de marinha. Foi depois colocado em Damão, mas desertou em 1789, embarcando para Macau.

Foi preso pela inquisição, e na cadeia traduziu poetas franceses e latinos.

A década seguinte é a da sua maior produção literária e também o período de maior boémia e vida de aventuras.

Já Bocage não sou!…
À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento…
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.
(…)

Bocage

Ainda em 1790 foi convidado e aderiu à Academia das Belas Letras ou Nova Arcádia, onde adoptou o pseudónimo Elmano Sadino. Mas passado pouco tempo escrevia já ferozes sátiras contra os confrades. Em 1791, foi publicada a 1.ª edição das “Rimas”.

Dominava então Lisboa o Intendente da Polícia Pina Manique que decidiu pôr ordem na cidade, tendo em 7 de Agosto de 1797 dado ordem de prisão a Bocage por ser “desordenado nos costumes”. Ficou preso no Limoeiro até 14 de Novembro de 1797, tendo depois dado entrada no calabouço da Inquisição, no Rossio. Aí ficou até 17 de Fevereiro de 1798, tendo ido depois para o Real Hospício das Necessidades, dirigido pelos Padres Oratorianos de São Filipe Neri, depois de uma breve passagem pelo Convento dos Beneditinos. Durante este longo período de detenção, Bocage mudou o seu comportamento e começou a trabalhar seriamente como redactor e tradutor. Só saiu em liberdade no último dia de 1798.

De 1799 a 1801 trabalhou sobretudo com Frei José Mariano da Conceição Veloso, um frade brasileiro, politicamente bem situado e nas boas graças de Pina Manique, que lhe deu muitos trabalhos para traduzir.

A partir de 1801, até à morte por aneurisma, viveu em casa por ele arrendada no Bairro Alto, naquela que é hoje o n.º 25 da travessa André Valente.

15 de Setembro, data de nascimento do poeta, é feriado municipal em Setúbal.



Fonte: Wikkipédia


Escrever sem sentido

Tantas vezes se escreve...
escrevemos sem sentido
com sentimento
sem pressa...
escrevemos à toa
escrevinhamos apenas porque nos apetece
dizer o que nos vai na alma
ou porque não nos queremos expor
Fingimos
escrevemos do que gostamos
e do que nos magoou.
Escrevemos sobre o que não gostamos
e de quem nos amou...
escrevemos.
É por isso que este mundo existe
onde o meu blog
fala de mim
e por mim
onde falo de ti
onde digo o que senti
ou o que gostaria de sentir
A blogosfera não é um mundo...
há vida lá fora...
há cor, perfume
mas muitas vezes o medo
a angustia ou simplesmente o prazer de escrever nos trás para aqui
e é aqui
que depositamos o sentimento
é aqui que dormem as minhas lágrimas
os meus risos e sorrisos
apenas porque escrevi
apenas porque quis deixar escrito o que me vai na alma
na minha
e até na tua.

Escrevendo
escrevi que
escreveste através de mim
Escrevi que te vi
quando na realidade não estás aqui...
escrever sem sentido
à toa
por prazer
por mágoa
com e sem sentimento
em lamento
por ti
para mim...
escrevi,
e vou continuar a escrever...
e tu porque não o fazes?

terça-feira, 10 de junho de 2008

De cerúleo gabão não bem coberto
Passeia em Santarém chuchado moço
Mantido às vezes de sucindo almoço
De ceia casual, jantar incerto.

Dos esburgados peitos quase abertos
Versos impinge por miúdo e grosso
E do que em frase vil chamam caroço
Se o quer é vox clamantis in deserto

Pede às moças ternura, e dão-lhe motes!
Que tendo um coração como estalage,
Vão nele acomodando mil peixotes.

Sabes, leitor, quem sofre tanto ultraje
Cercado de um tropel de tranchinotes?
É o autor do soneto: - É Bocage!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Donna Maria

Mais um excelente grupo musical.
Gosto imenso, desde o 1º albúm...

Este grupo discreto, com um excelente gosto músical nas letras e na sonoridade, composto por:
Marisa Pinto (voz), Miguel Angelo Majer (samples, bateria e voz) e Ricardo Santos (piano acústico, sintetizadores e voz).

As suas músicas contam sempre com a participação especial de grandes nomes da música e voz:
Pedro Abrunhosa, Rui Veloso, Luis Represas; Rão Kyao; e muitos outros...

Simplesmente genial.

Teatro

Uma vez que o cinema não o é sem o teatro, a verdadeira arte de representação, cabe aqui uma "entrada" para falar sobre a arte de representação tão antiga como a própria raça humana.
Desde cedo o homem fez representações, em festas, procissões, rituais, cânticos, etc.; todas estas formas de teatro se foram transformando e adaptando até ao que conhecemos hoje como a arte de representar no teatro.
No início a representação era feita sem adereços nem cenários, deixando à imaginação da assistência o assessório.
Estas representações eram feitas em praças, em estrados ou lugares como os que conhecemos da antiga Grécia, de onde provem a palavra teatro (theatron) ou literalmente "o lugar de onde se vê".
Portanto, Teatro, não será tanto a arte de representar, mas mais a de estar na assistência a apreciar, imaginar...

Para saber mais:

www.territorioartes.pt


sábado, 7 de junho de 2008

120 anos de Pessoa

Comemora-se neste ano de 2008, 120 anos sobre o nascimento de Fernando Pessoa, o homem e os homens que ele mesmo foi.


Ícone maior de Portugal, que levou e elevou a literatura portuguesa a nível mundial, que ainda hoje influência a escrita de muitos, novos e velhos, escritores.
Neste ano, que por alguma razão decidiram comemorar o seu nascimento, muito se faz pelo país, apelando à escrita e à leitura.
Workshops, debates, concursos... mas o mais interessante de todos e que quero aqui trazer a atenção, será aquele a realizar neste mês de Junho, em que em representação da arte da escrita, se juntam personalidades no Terreiro do Paço, para aludir a Pessoa de outras formas... quais?
Inicialmente com a Participação em DJ Set's e pinturas de Graffitis... que tendo em atenção a grande capacidade de alguns graffitis que por aí andam, certamente se chegará a grandes obras dignas, essas sim, de estarem expostas pelas paredes da cidade que acolheu Pessoa.
Mais tarde, no mesmo dia, é a vez do Hip Hop português, com musicos como Sam the Kid, D Mars, T-One, Dj Ride e mais.

Tudo isto no dia 13 de Junho... à pois é... no dia de Sto António de Lisboa.
Feriado e para aqueles que trabalham na grande Lisboa... que desculpa então para não aproveitar?

O Coleccionador de Sons vs. O Perfume

Alguém ousou dizer que eram mais ou menos a mesma coisa...
Ok... ou não os os leu ou não percebeu.
Não vou aqui descodificar cada um, mas se certo é que de alguma forma "O Coleccionador de Sons" evoca a obra de Patrick Süskind, "O Perfume", o primeiro apela a um sentimento maior... o do amor verdadeiro e altruísta.
No "Perfume" o protagonista, além de não ser amado, só procurou atingir o objectivo maior, o da procura da 12ª essência.


No "Coleccionar de Sons", não só o protagonista se descobre a si mesmo envolvido numa "maldição", como descobre em sim o som único.


A história remonta a "Tristão e Isolda", amaldiçoados com a poção do Amor. Porquê amaldiçoados? Porque um morreu de amor pelo outro... neste livro... o amor de um pode matar o outro... por isso o protagonista, para proteger a sua amada, imola-se , tentando assim por fim a uma maldição.
Não é só a evocação à obra de "Tristão e Isolda" como peça literária, mas também à ópera de Wagner, que por algum tempo alguém achou estar amaldiçoada com o elixir do amor.

A Ler:
O Coleccionador de Sons - Fernando Tríes de Bes
O Perfume - Patrick Süskind
Tristão e Isolda

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Per7ume

Mais uma banda do Porto, com a qualidade musical que queremos ouvir.
Formados a 07-07-07 (reparem no pormenor que levou à criação do nome Per7ume), compõem a banda: A.J. Santos na voz e guitarra, José Meireles na guitarra, Bruno Oliveira na bateria, Nelson Reis no baixo e Elísio Donas no teclado.

O single de lançamento, "Intervalo", conta com a participação de Rui Veloso.
Aqui fica a letra:

Vida em câmara lenta,
Oito ou oitenta,
Sinto que vou emergir,
Já sei de cor todas as canções de amor,
Para a conquista partir.

Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal…
Sou eu…

Vida à média rés,
Levanta os pés
Não vás em futebois, apesar…
Do intervalo, que é quando eu falo,
Para não me incomodar.

Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal…
Sou eu…

Não me deixes já
Historia que não terminou
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal…
Sou eu…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal…
Sou eu…


"As Vinhas da Ira" - J. Steinbeck

"Somos apenas a raiva que sentimos quando nos expulsaram das nossas terras, quando o tractor derrubou as nossas casas. e assim seremos até à morte. para a Califórnia ou para outra região qualquer - cada um de nós é um tambor a dirigir uma carga de amarguras, caminhando com a nossa desgraça. E, algum dia, os exércitos de amargura irão pelo mesmo caminho. E todos caminharão juntos, e haverá, então, um terror de morte"

Neste romance Steibeck, descreve o longo e desesperado percurso dos Joads, uma família de camponeses do Oklaoma, que, espoliada, pela força, das suas próprias terras, viaja sem descanso atá à Califórnia, numa busca desesperada de trabalho e de um lugar para viver.
O romance mostra o desespero de tentar manter a família unida e as duras realidades que viviam nos anos da recessão nos EUA.
Steinbeck decidiu não terminar realmente a história, suspende-a apenas, para deixar ao leitor uma razão para pensar.
Os sobreviventes desta história não chegam ao seu destino, mas também não foram vencidos pela dureza dos tempos.

Outros livros a ler, do mesmo autor:

"Homens e ratos"; "A Um Deus Desconhecido"; "A Pérola"


quarta-feira, 4 de junho de 2008

Mia Couto

António Emílio Leite Couto, nasceu em Moçambique, na cidade da Beira, em 1955.
Em 1972, foi para Lourenço Marques estudar Medicina.
A partir de 1974 enveredou pelo jornalismo tendo-se tornado director da Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Em 1985 regressa à Universidade Eduardo Mondane para se formar em Biologia.
Tem as suas obras traduzida em várias línguas.
O mais característico na sua escrita é a transposição do português característico do povo moçambicano para a forma escrita que lhe confere um aspecto único.
Ma Couto vê agora uma obra sua passada ao grande ecrã.

"Terra Sonâmbula"

ou o descrever de um cenário de pesadelo de uma terra enfraquecida pela guerra faticida, onde um rapaz e um ancião iniciam uma viagem par se encontrarem.

Foi galardoado com o prémio Vergílio Ferreira 1999.

"A missanga, todos a vêem.
Ninguém nota o fio que,
em colar vistoso, vai compondo as missangas.
Também assim é a voz do poeta:
Um fio de silêncio costurando o tempo."


terça-feira, 3 de junho de 2008

John Steinbeck

John Ernest Steinbeck (1902-68), nasceu em Salinas, Califórnia, numa família de parcos haveres. Chegou a estudar Biologia Marinha na Universidade de Stanford, mas desistiu do curso, e depois de uma série de empregos fracassados, dedicou-se à literatura, tendo optado por se instalar em Nova Iorque em 1925.
Depois do fracasso dos primeiros livros, regressa à Califórnia, onde continua a escrever, numa casa isolada.
Finalmente em 1935 conhece popularidade e definitivamente em 1939 surge o romance que lhe conferiria o prémio Pulitzer - "As Vinhas da Ira".
Em 1962 recebeu o prémio Nobel da Literatura.
Quando faleceu em 1968, tinha produzido uma vastíssima obra literária, de onde se destacam temas levados ao grande ecrã por realizadores como Jon Ford, victor Fleming ou Elia Kazan:
"A Um Deus Desconhecido"; Ratos e Homens"; As Vinhas da Ira"; "A Pérola" e "A Leste do Paraíso"
Obras riquíssimas quer na literatura, quer na 7ª arte.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Classificados

Não, não vou começar uma secção de anúncios (bem, se pagarem bem até talvez o faça), mas vou falar da banda do Porto (carago, é só coisa boa no Porto, duvidas? Então vejam só Rui Veloso, as francesinhas, o campeão FCP, e poderias continuar por aí a fora... mas não é esse o objectivo deste Post, por isso...).
Esta banda anda a mostrar por aí que ainda se consegue fazer boa música e em português.
Lançaram um albúm inspirado nos anuncios classificados e conseguiram chamar a atenção.
Mas se esperam encontrá-los na NET...
bem o resultado são páginas e páginas de ... classificados de tudo o que é jornais...
O melhor mesmo é ouvi-los... não vos dou aqui esse privilégio, ainda não me rendi ao método de postar músicas e videos... talvez um dia.
Mas gostava de fazer apenas uma referência a este single de lançamento, "Rosa (do teu jeito de ser)"... não é que faz lembrar um poema de Fernando Pessoa?

Notem:

Refrão

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de se




Fernando Pessoa

Teu vestido porque é teu
Não é de cetim nem chita
É de sermos tu e eu
É de tu seres bonita

Se calahar sou só eu, mas ... aqui fica o resto da letra... e boas músicas


Escrevi o teu nome na linha férrea para que o pudesses ler
Mas tu passaste a 100 à hora e sem tempo para o ver
Fiz outra tentativa e escrevi no alcatrão
Mas nessa tosca avenida não passa o teu avião

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de ser

Em poucos dias toda a cidade estava pintada de rosa
E por todos os lugares lia-se o teu nome em prosa
Mas de ti nem um sinal, nem sequer uma notícia
A tua ausência prolongada era já caso de polícia

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de ser

Tentei só mais uma vez escrever-te na terra molhada
E, da noite para o dia, eras uma semente germinada

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de ser

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu...

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de ser

domingo, 1 de junho de 2008

BD

Como a meu ver, literatura também é banda desenhada, vou aqui postar acerca do meu personagem favorito.

Calvin & Hobbes.

Bill Waterson faz-nos ver o mundo pelos olhos de um "puto" reguila e o seu tigre de peluche.
Waterson, faz-nos recuar no tempo, até aos dias em que também eramos miúdos e fantasiavamos num mundo próprio e único das crianças.
Sempre li muita banda desenhada, da mais variada, mas desde que conheci o Calvin (em livro claro, porque todos se lembram dele do jornal O Público), fiz questão de adquirir a colecção.

É fantástico...

Queen

Não podia deixar de o fazer...
tenho mesmo que começar a falar do meu grupo musical favorito.
É óbvio que muito há a dizer sobre esta grande banda.
Poderia falar de N espectáculo, N albuns, N músicas.
Mas quero apenas e pra já recordar o único concerto posssível de Queen em Portugal... foi simplesmente genial.
Pena já ter sido sem Freddie, mas... bem que podiam ter trazido a Katie Melua, como fizeram em outros concertos.
Mas enfim... vamos esperar, quem sabe Brain May não traz os Queen de novo cá...

Vamos esperar.