quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Freddie Mercury



Farrokh Bulsara, nascido a 5 de Setembro de 1946, em Zamzibar, Tânzania, assume-se desde cedo com inclinações músicais, tendo começado cedo a tocar piano.
Aos 12 anos forma uma banda na escola onde toca nos bailes e festas.
Com a crise politica do país, os pais refugiam-se em Inglaterra onde Farrokh conhece os membros daquela que foi e será certamente a maior banda de sempre... os Queen.
Apesar de na altura ainda haver duvidas quanto ao futuro.
Freddie, conforme era chamado pelos colegas de escola, conheceu Tim Staffel que o levou aos ensaios da sua banda, os Smile, onde tocavam Bryan May e Roger Taylor.
Com a saída de Tim dos Smile, Freddie assume-se como vocalista e assume também o nome Mercury, propondo que a banda mude também para o nome que haveria de ser conhecido de QUEEN.

Queen

Simplesmente a melhor banda de sempre!!
Não só pela genialidade de cada membro do grupo, como pela voz espectacular que foi a de Freddie Mercury.
Como não podia deixar de passar por alto, Queen como a minha banda de eleição sempre terá o seu espaço aqui... por isso venho falar da colecção que a Planeta Agostinni lançou.
Está simplesmente "deliciosa".
Apesar da apresentação parecer um divertido conjunto de livros infantis, a obra vem com esclarecimentos acerca de cada single do álbum, quando foi gravado, onde e de que forma cada elemento do grupo escreveu e sentiu a música.
O primeiro número que trás como oferta o CD, "A Kind of Magic", lembrou os tempos em que saiu este albúm e a última digressão realizada por estes icones do rock.
Foi pena não recebermos Queen em Portugal enquanto Freddie foi vivo... mas pelo menos podemos usufruir do seu grande legado e contributo para a música.
Apesar de possuir rande parte da discografia de Queen esta é uma colecção que não deixarei de fazer... e que aconselho a fãs e não só.

Abraços.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Mais uma vez a Egoísta...

Na edição de Natal de 2006, que insere os mais variados resultados sobre o tema da paz, encontrei este texto que quero partilhar.

Quase nada, Tudo!

Precisamos de tão pouco.
Porque será que gastamos os dias a pensar que precisamos sempre de mais?
Mergulhado nas suas analises financeiras, Mahammad Yunus poderia ter ignorado a miséria que passava à sua porta, no Bangladesh.
Mas um dia deciciu olhar para fora. Fazer perguntas.
Descobriu que também os pobres da sua terra precisavam de muito pouco para serem felizes. Quando se dispôs a emprestar-lhes o dinheiro que nenhum banco aceitava conceder, ficou chocado com o valor irrisório que lhe pediram: no total, emprestou apenas 27 dólares a 42 pessoas da cidade de Jobra, para que pudessem avançar com pequenos negócios. A maioria queria apenas ter uma vaca ou comprar materiais para a manufactura de cestos.
Foi assim que, em 1976, Yunus fundou a Grameen Bank (que significa Banco das Aldeias), e nasceu o conceito de microcrédito.
O modelo Grameen existe hoje em 59 países (em Portugal, com a Associação Nacional de Direito ao Crédito) e emprestou já 4 mil milhões de dólares a um total de 2,4 milhões de clientes, em mais de 40 mil aldeias. E ninguém falha os pagamentos das prestações ao banco.
Muhammad Yunus recebeu o Nobel da Paz (embora tivesse passado discreto).

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Deixei meu Coração em África - Manuel Arouca

E já que falámos, no post abaixo, em Portugal Colonial, aproveito para falar da leitura destas férias.


O Escritor, para quem não sabe, é Moçambicano e durante os seus estudos de Direito resolve escrever, com sucesso.

Este é o autor das novelas que deram impulso às novelas portuguesas e à TVI.

Escreveu Jardins Proibidos, A Jóia de África e Baía das mulheres, entre outros.

Neste romance o autor explora a visão de um soldado na Guiné, através de um manuscrito que o mesmo entrega ao seu "amor " de sempre... uma história de amor contada no sentido inverso.


Eu gostei... e espero que vocês também

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Egoísta

Já no blog do café falei desta revista, mas como estou sempre à procura de novos números, que no meu caso são antigos, venho mais uma vez homenagear esta mesma revista trimestral, publicada pelo Casino (Estoril, Póvoa e Lisboa).
Desta vez a edição trimestral de Setembro de 2006 "Sonho Português" ou o desvendar "poético" do Portugal Colonial.

E nada melhor para abrir uma revista com saudades inscritas do que o poema de Fernando Pessoa:
"O meu passado é tudo o que consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto"

terça-feira, 8 de julho de 2008

Hans Cristian Anderson (2/4/1805 - 4/8/1875)

Apesar de nascido numa familia pobre, o pai, um sapateiro de poucos recursos, sempre lhe fomentou a imaginação.
Ainda que com dificuldades financeiras consegue colocação no Ibnstituto de Copenhague como o ensaio "Criança Moribunda".
Aos 14 anos decide-se por Copenhague onde pensa seguir carreira como cantor de ópera, mas a voz atraiçoa-o. Ainda assim é admitido no Teatro Real onde trabalha como actor e bailarino, para além de escrever algumas peças.
O rei Frederico IV interessou-se por ele apesar das suas excentricidades que faziam que os colegas se mantivessem à distância. Manda-o estudar, e como o apoio financeiro de Collin (Director do Teatro) Anderson vai estudar para Slagelse e Elisor.
É admitido na Universidade de Copenhague, até que surge com "Um passeio desde o canal de Holmen até à ponta leste da Ilha Amager" e com o romance "O Improvisador" alcança o reconhecimento internacional.
Mas onde ele realmente se destacou foi na escrita de contos para crianças - 156...
escreveu histórias como:
O Patinho Feio
O Soldadinho de Chumbo
A Pequena Sereia
...

e muitas outras que tão bem conhecemos.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

"Se Numa Noite de Inverno Um Viajante" - Italo Calvino

Assim se apresenta o livro que conta a história de vários livros, que por razões dos desejos de um tradutor, faz com que edições de vários livros menos conhecidos, sejam procurados por um leitor, até à exaustão.
O que vai acontecendo no desenrolar da história é que o protagonista, não chega a concluir história nenhuma dos livros que adquire, até chegar a acumular para si vários livros sem o final.
Ao acumular os vários títulos dos livros procurados o texto adquire a seguinte forma:

"Se numa noite de inverno um viajante, fora do casario de Malbork, debruçando-se da escarpa falésia sem temer o vento e a vertigem, olha para baixo onde a sombra se adensa numa rede de linhas que se entrelaçam, numa rede de linhas que se intersectam no tapete de folhas iluminadas pela lua à volta de uma cova vazia - Que história lá ao fundo espera o fim? - pergunta ansioso por ouvir a história"

Quando o protagonista apresenta todos este desenrolar de "fiapos" de história, perguntando onde poderia adquirir aqueles volumes, a resposta ponderada de um ávido leitor foi: "Todas as histórias começam dessa maneira....

domingo, 6 de julho de 2008

Escrita Criativa...

Fiz, na Escrever Escrever (empresa que se dedica a cursos de escrita de toda a natureza), um curso sobre escrever para crianças, com Margarida Fonseca Santos, onde acima de tudo me diverti imenso.
De tudo o que pudemos partilhar e aprender uma coisa muito engraçada e que eu já fazia, mas que nos foi aconselhado, foi de tirarmos tempo para escrever.
Não importa o quê, nem como... apenas escrever...
Foi o que fiz... (e que tenho feito com frequência, mesmo antes de ter feito esta formação), mas o resultado de uma conversa tida à hora do almoço, e em tema do Acordo Ortográfico escrevi sobre o "E"
.
E como era para escrevermos para crianças... saiu isto...
.
.
A letra "E" estava triste,
já viste.
Com a entrada do acordo ortográfico
se calhar iam livrar-se dela
ou dar o muito do seu trabalho ao "i"
é que parecendo que não,
e já viste bem...
e depois disto
e agora
e amanhã
compreendes?
Até parece que durante estes anos
não trabalhou como devia ser...
e agora?
agora, se calhar...
quem sabe...
ainda vão mudar!!!

sábado, 5 de julho de 2008

Gabriel Garcia Marques

Outro excelente exemplo de que não interessa o que se escreve, se o fizermos muitas vezes e coisas sem nexo acabaremos por ganhar um Nobel.
Consigo classificá-lo como Saramago... velho, senil, e que escreve coisas sem nexo.
Exemplo?
"O Outuno do Patriarca", um que é mas afinal não é porque tinha uma série de sósias e no fim, rodeado de tanta gente era apenas um solitário...
Mesmo assim acredito que tanto o Bin Laden como o Saddam Hussein, devem ter sido ávidos leitores deste livro, uma vez que segundo a secreta este ssenhores tinham uma série de sósias.
"Cem anos de Solidão", afinal quem é quem no inicio do livro? e a meio? bem, quanto ao final do livro nem pergunto uma vez que nem me dei ao trabalho de o acabar.
Até tenho medo de agarrrar nos outros...
bem... como o último até é pequeno arrisquei...
"Memória de Minhas Putas Tristes"... começa bem. Um nome pomposo... ou se calhar a chamar à compra...
Não tem memórias... afinal é um jormnalista de 90 anos que escreve, logo escreve para se lembrar, porque a memória já lhe falha... de tal maneira que não se trata de putas mas uma, e além disso uma menina, que infelizmente e pela realidade de vida de Cuba, muitas se entregam mesmo à prostituição.
Afinal o que ele queria demonstrar?
Que o país dele permite amais triste pobreza que obriga crianças a prostituirem-se? Ou que o governo é tão permissivo que a pedófilia é encarada como normal? Ou será que estava a querer passar a lição de que se não te aproveitares tu vem outro que o faz?
É triste que alguém escreva assim e ainda receba prémios de literatura...
mas isso é só a minha opinião.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Deolinda

Continuando na música portuguesa, os Deolinda, que podiam ter sido os Gertrude, vêm apresentar a música do Fon-Fon-Fon, o folk e o jazz, bem como outras sonoridades com uma amostragem de que a brincar se pode fazer boa música...

do espaço da net, aqui fica uma pequena amostra do que são capazes, com o descritivo da banda...




"O seu nome é Deolinda e tem idade suficiente para saber que a vida não é tão fácil como parece, solteira de amores, casada com desamores, natural de Lisboa, habita um rés-do-chão algures nos subúrbios da capital. Compõe as suas canções a olhar por entre as cortinas da janela, inspirada pelos discos de grafonola da avó e pela vida bizarra dos vizinhos. Vive com 2 gatos e um peixinho vermelho..."


Deolinda é um original projecto de música popular portuguesa (MPP), inspirado pelo fado e as suas origens tradicionais. Formado em 2006 por 4 jovens músicos com experiências musicais diversas (jazz, música clássica, música étnica e tradicional), procuram, através do cruzamento das diferentes linguagens e pesquisa musical, recriar uma sonoridade de cariz popular que sirva de base às composições originais do grupo.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

José Saramago

NÃO GOSTO!!!
Não totalmente.
Sinceramente tenho tentado compreender a escrita deste senhor, mas...
ausência de sinais, ausência de inicios de diálogo... pode ser muito giro e até motivo para um Nobel, mas no meu tempo de escola, e este senhor já escrevia há muito, a ausência destas coisas dava era direito a má nota.
Como qualquer outro autor, todos temos, quer escrevamos para publicar quer não, os nossos altos e baixos, mas neste caso, e na sua maioria... na minha opinião... são muitos os baixos.
Já tentei ler o "Memorial do Convento", mas por muito que me queiram convencer do contrário... é CHATO!
E olhem que eu insisto. Já o comecei a ler três vezes, e da última vez ainda li umas folhitas....
Depois li outros como o "Todos os Nomes", um bocado repetitivo e com algumas folhas tipo "Copy", "Paste", mas engraçado. A história de um notário que se questiona acerca de uma mulher... como se chama, quem seria, e decide investigar para descobrir que vivia sozinha e que se suicida. É então que este senhor se embrenha numa busca dos nomes... que importância têm.
Também li o "Ensaio Sobre a Cegueira", já adaptado para o teatro e penso que já se iniciaram também as filmagens para passar à tela. Tem um bom argumento para isso.
Entre estas leituras fui intercalando com as tentativas do "Memorial" e pelo meio tentei começar "A Caverna", mas sinceramente... até o filme é uma seca. CHATO!
E depois fica a conclusão de que, não se chega a conclusão nenhuma...
mas isto é só a minha opinião (que pelo que me apercebo, não é única!)

terça-feira, 1 de julho de 2008

Ernest Hemingway, um poeta frustrado

Dois poemas foi quanto bastou aos critico de literatura para concluírem que Ernest Hemingway fez bem em dedicar-se ao romance e às novelas, esquecendo a poesia. É que os dois poemas inéditos agora descobertos são uma desilusão. Hemingway escreveu-os à mão na 1ª edição americana de In our Time, de 1925, a par de uma dedicatória para o dono do livro, um amigo: "Para Jack Cowles, pelo Dia dos Namorados (sem que isto tenha conotações sexuais), Erneste Hemingway". À dedicatória, acrescentou ainda um coração a sangrar com a expressão "Sangue (a US$ 2)" no fim do livro, aparecem os poemas manuscritos, um dos quais é uma defesa da chamada "geração perdida", o nome com que a escritora Gertrude Stein classificou os expatriados americanos em Paris nos anos 20, entre os quais se contavam o próprio Hemingway. Mas se o valor literário dos poemas é escasso, já o valor do manuscrito é assinalável: o dono apresentou como base para leilão 94 mil euro.



Nota:

Visto que o pouco que li de Hemingway prende-se com dois ou 3 livros, parece-me que o senhor não era só frustrado na poesia... mas isso é a minha opinião, que tirando "O Velho e o mar", não encontro outro livro a assinalar... talvez o "Adeus às armas"... mas aí, vão ter de esperar que tenha paciência para o ler, depois logo opino.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Voltemos aos filmes...

E porque sou grande fã de banda desenhada, os filmes que vou comentar têm uma razão de ser...
A adaptação, e o sermos nós em qualquer circunstância, mesmo que tenhamos que lutar para provar que, apesar de diferentes podemos fazer parte de uma sociedade, assim como o facto de termos uma posição social não significa que tenhamos tudo, e muito menos a felicidade...
Falo de Happy Feet, o pinguium diferente, que aceitando a si como diferente consegue fazer a diferença.

e Flushed Away (Por água abaixo), a história de um rato da alta sociedade que se vê desprovido das suas "riquezas"


São dois filmes muito divertidos e especialmente, e esta é a razão primária deste post, com uma banda sonora deliciosa. As músicas retiradas do baú das recordações, trazem de volta músicas dos anos 70 e 80, e no caso do primeiro Brittany Murphy, Nicole Kidman e Robin William, entre outras vozes tornam a banda sonora ainda mais sensacional.
Simplesmente genial...

Pra quem ainda não viu, recomendo.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Aimee Anne Duffy


A Princesa do País de Gales, aquela que querem comparar com a Winehouse...
Mas nem de perto.
23 anos e com uma voz de ... incendiar, com o seu single de lamçamento, "Mercy", Duffy marca definitivamente a sua posição no mundo da música.

Poderiamos até comparar a sua voz com a de Amy. São duas vozes de arrebatar, mas Duffy tem a vantagem de ter uma voz mais limpa e forte.

"Rockferry", o album de lançamento é um execelente exemplo da "soul" na voz desta "miúda".

Aconselho vivamente...

Boa Música!!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Brandi Carlile

O nome não diz muito?
E se falarmos do anúncio da SuperBock?
É exactamente a cantora desse anúncio. A música? "The Story"
O single de lançamente do albúm com o mesmo nome.
Esta jovem, de 25 anos, com uma voz carregada de sentimento e com um tom parecido com Gianna Nannini, iniciou-se na música por influencia das músicas ouvidas pelos pais.
Lançou-se na música por sua conta, até que a Columbia Records lhe lançou a mão e permitiu o reconhecimento como artista pela revista "Rolling Stones".
Com este albúm Brandi alcança o merecido reconhecimento mundial.

O albúm sai a 23 deste mês... até lá... procurem na Youtube ou assim... ou veja o anúncio do patrocinador do blog.

e boas músicas...

O Afinador de Pianos - Daniel Mason



"Nos segundos fugazes da memória final, a imagem que se tornará a Birmânia é o sol e a sombrinha de uma mulher. (...)
Os Bedin-saya, que interpretam sonhos em recantos frescos e perfumados dos mercados, contaram-lhe que o sol que nascia na Birmânia era diferente do sol que nascia no resto do mundo. Bastava-lhe olhar para o céu para o saber"

Este romance conta a história de um inglês, afinador de pianos, que se apaixona por um país e uma cultura totalmente diferente da sua e onde aprende a perceber que as diferentes formas como se vê a vida e como se tira partido dela, não são necessariamente más. Mas que os interesses políticos são por várias razões a força por trás.


Daniel Mason, o autor, fez bacharelato em Biologia e enquanto estudava a malária na fronteira da Birmânia com a Tailândia, surgiu este romance que o coloca na categoria de escritor com apenas 23 anos.

Para justificar a escolha do protagonista, um afinador, Mason diz: "Um compositor dá a música, o pianista a actividade mecânica e o piano o mecanismo, mas o afinador é aquele cujo trabalho transforma as motivações humanas e a máquina num som belo."

A ler...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Big Brother


Não, não vou falar do programa bera que a grande maioria assiste com agrado e ainda aproveita para comentar, quando nesse fim de semana não houve futebol.
Se tivesse de comentar aqui algo sobre o programa que foi disseminado pelo mundo inteiro, extraído das pessoas que participam, e das que assistem, o pior que elas têm dentro de si, este blog deixaria de fazer sentido.
Quero antes falar da origem do termo "Big Brother" uma vez que me apercebi que pelo menos 85% das pessoas a quem perguntei não faziam a mínima ideia do que era ou de onde vinha a ideia original.
Por isso, para quem não sabe e queira saber... parte de um livro de George Orwell - 1984, a história de um mundo dominado pela informação.


Quer pela participação da informação controlada, verdade ou mentira, a população só recebe a informação daquilo que o governo quer que eles saibam... para serem melhor controlados, assim como põem uns e outros a controlar-se e a prestar atenção aos movimentos de cada um.
A vida das pessoas está constantemente vigiada, em casa, no trabalho, na rua... o grande irmão é o lema... um olho projecta-se em todo lado na cidade para lembrar que cada movimento está a ser completamente controlado.
Tudo isto, feito por um grupo restrito que tudo tem a ganhar em controlar os peões de um jogo que nem eles sabem que participam.

Este livro já foi adaptado para o cinema na década de 80.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Exaustão - Carlos Oliveira Cruz

Nas enseadas dos segredos
Há uma outra vida em surdina
De encontros breves e intensos
De renasceres nunca encontrados.


As aves nas escarpas negras
Fazem a dança dos excluídos
Quanto mais perto da morte
Mais rente o peito da Rocha.

Lá estão os amantes em suspenso
Em voos rápidos e acutilantes
Desprezando o relógio dos costumes

É preciso percorrer essas enseadas
Criar tempo e imaginá-los
Até à exaustão dos sentidos e das noites.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Bocage

Não só porque este é o grande poeta da minha cidade, mas porque sendo este blog virado para a "cultura", e porque, o café que por vezes frequento ser todo ele uma homenagem ao escritor... Pelo nome, pela praça onde se encontra, a Praça do Bocage, em Setúbal, e porque o seu interior está todo decorado com textos do poeta, quero aproveitar para fazer aqui algumas referências a este personagem, também ele importante na nossa literatura e história.

Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage (Setúbal 15/9/1765 - Lisboa, 21/12/1805), poeta português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano. Embora ícone deste movimento literário, é uma figura inserida num período de transição do estilo clássico para o estilo romântico que terá forte presença na literatura portuguesa do sec. XIX.

Filho do bacharel José Luís Soares de Barbosa, juiz de fora, ouvidor, e depois advogado, e de D. Mariana Joaquina Xavier l'Hedois Lustoff du Bocage, cujo pai era francês.
Estátua de Bocage em Setúbal
Estátua de Bocage em Setúbal

Sua mãe era segunda sobrinha da célebre poetisa francesa, madame Marie Anne Le Page du Bocage, tradutora do "Paraíso" de Milton, imitadora da "Morte de Abel", de Gessner, e autora da tragédia "As Amazonas" e do poema épico em dez cantos "A Columbiada", que lhe mereceu a coroa de louros de Voltaire e o primeiro prémio da academia de Rouen.

Apesar das numerosas biografias publicadas após a sua morte, boa parte da sua vida permanece um mistério. Não se sabe que estudos fez, embora se deduza da sua obra que estudou os clássicos e as mitologias grega e latina, que estudou francês e também latim. A identificação das mulheres que amou é duvidosa e discutível.

A sua infância foi infeliz. O pai foi preso por dívidas ao Estado quando ele tinha seis anos e permaneceu na cadeia seis anos. A sua mãe faleceu quando tinha dez anos. Possivelmente ferido por um amor não correspondido, assentou praça como voluntário em 22 de Setembro de 1781 e permaneceu no Exército até 15 de Setembro de 1783. Nessa data, foi admitido na Escola da Marinha Real, onde fez estudos regulares para guarda-marinha. No final do curso desertou, mas, ainda assim, aparece nomeado guarda-marinha por D. Maria I.

Nessa altura, já a sua fama de poeta e versejador corria por Lisboa.

Em 14 de Abril de 1786, embarcou como oficial de marinha para a Índia, na nau “Nossa Senhora da Vida, Santo António e Madalena”, que chegou ao Rio de Janeiro em finais de Junho. Na cidade, viveu na actual Rua Teófilo Otoni, e diz o "Dicionário de Curiosidades do Rio de Janeiro" de A. Campos - Da Costa e Silva, pg 48, que "gostou tanto da cidade que, pretendendo permanecer definitivamente, dedicou ao vice-rei uma poesia-canção cheia de bajulações, visando atingir seus objectivos. Sendo porém o vice-rei avesso a elogios, fê-lo prosseguir viagem para as Índias". Fez escala na Ilha de Moçambique (início de Setembro) e chegou à Índia em 28 de Outubro de 1786. Em Pangim, frequentou de novo estudos regulares de oficial de marinha. Foi depois colocado em Damão, mas desertou em 1789, embarcando para Macau.

Foi preso pela inquisição, e na cadeia traduziu poetas franceses e latinos.

A década seguinte é a da sua maior produção literária e também o período de maior boémia e vida de aventuras.

Já Bocage não sou!…
À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento…
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.
(…)

Bocage

Ainda em 1790 foi convidado e aderiu à Academia das Belas Letras ou Nova Arcádia, onde adoptou o pseudónimo Elmano Sadino. Mas passado pouco tempo escrevia já ferozes sátiras contra os confrades. Em 1791, foi publicada a 1.ª edição das “Rimas”.

Dominava então Lisboa o Intendente da Polícia Pina Manique que decidiu pôr ordem na cidade, tendo em 7 de Agosto de 1797 dado ordem de prisão a Bocage por ser “desordenado nos costumes”. Ficou preso no Limoeiro até 14 de Novembro de 1797, tendo depois dado entrada no calabouço da Inquisição, no Rossio. Aí ficou até 17 de Fevereiro de 1798, tendo ido depois para o Real Hospício das Necessidades, dirigido pelos Padres Oratorianos de São Filipe Neri, depois de uma breve passagem pelo Convento dos Beneditinos. Durante este longo período de detenção, Bocage mudou o seu comportamento e começou a trabalhar seriamente como redactor e tradutor. Só saiu em liberdade no último dia de 1798.

De 1799 a 1801 trabalhou sobretudo com Frei José Mariano da Conceição Veloso, um frade brasileiro, politicamente bem situado e nas boas graças de Pina Manique, que lhe deu muitos trabalhos para traduzir.

A partir de 1801, até à morte por aneurisma, viveu em casa por ele arrendada no Bairro Alto, naquela que é hoje o n.º 25 da travessa André Valente.

15 de Setembro, data de nascimento do poeta, é feriado municipal em Setúbal.



Fonte: Wikkipédia


Escrever sem sentido

Tantas vezes se escreve...
escrevemos sem sentido
com sentimento
sem pressa...
escrevemos à toa
escrevinhamos apenas porque nos apetece
dizer o que nos vai na alma
ou porque não nos queremos expor
Fingimos
escrevemos do que gostamos
e do que nos magoou.
Escrevemos sobre o que não gostamos
e de quem nos amou...
escrevemos.
É por isso que este mundo existe
onde o meu blog
fala de mim
e por mim
onde falo de ti
onde digo o que senti
ou o que gostaria de sentir
A blogosfera não é um mundo...
há vida lá fora...
há cor, perfume
mas muitas vezes o medo
a angustia ou simplesmente o prazer de escrever nos trás para aqui
e é aqui
que depositamos o sentimento
é aqui que dormem as minhas lágrimas
os meus risos e sorrisos
apenas porque escrevi
apenas porque quis deixar escrito o que me vai na alma
na minha
e até na tua.

Escrevendo
escrevi que
escreveste através de mim
Escrevi que te vi
quando na realidade não estás aqui...
escrever sem sentido
à toa
por prazer
por mágoa
com e sem sentimento
em lamento
por ti
para mim...
escrevi,
e vou continuar a escrever...
e tu porque não o fazes?

terça-feira, 10 de junho de 2008

De cerúleo gabão não bem coberto
Passeia em Santarém chuchado moço
Mantido às vezes de sucindo almoço
De ceia casual, jantar incerto.

Dos esburgados peitos quase abertos
Versos impinge por miúdo e grosso
E do que em frase vil chamam caroço
Se o quer é vox clamantis in deserto

Pede às moças ternura, e dão-lhe motes!
Que tendo um coração como estalage,
Vão nele acomodando mil peixotes.

Sabes, leitor, quem sofre tanto ultraje
Cercado de um tropel de tranchinotes?
É o autor do soneto: - É Bocage!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Donna Maria

Mais um excelente grupo musical.
Gosto imenso, desde o 1º albúm...

Este grupo discreto, com um excelente gosto músical nas letras e na sonoridade, composto por:
Marisa Pinto (voz), Miguel Angelo Majer (samples, bateria e voz) e Ricardo Santos (piano acústico, sintetizadores e voz).

As suas músicas contam sempre com a participação especial de grandes nomes da música e voz:
Pedro Abrunhosa, Rui Veloso, Luis Represas; Rão Kyao; e muitos outros...

Simplesmente genial.

Teatro

Uma vez que o cinema não o é sem o teatro, a verdadeira arte de representação, cabe aqui uma "entrada" para falar sobre a arte de representação tão antiga como a própria raça humana.
Desde cedo o homem fez representações, em festas, procissões, rituais, cânticos, etc.; todas estas formas de teatro se foram transformando e adaptando até ao que conhecemos hoje como a arte de representar no teatro.
No início a representação era feita sem adereços nem cenários, deixando à imaginação da assistência o assessório.
Estas representações eram feitas em praças, em estrados ou lugares como os que conhecemos da antiga Grécia, de onde provem a palavra teatro (theatron) ou literalmente "o lugar de onde se vê".
Portanto, Teatro, não será tanto a arte de representar, mas mais a de estar na assistência a apreciar, imaginar...

Para saber mais:

www.territorioartes.pt


sábado, 7 de junho de 2008

120 anos de Pessoa

Comemora-se neste ano de 2008, 120 anos sobre o nascimento de Fernando Pessoa, o homem e os homens que ele mesmo foi.


Ícone maior de Portugal, que levou e elevou a literatura portuguesa a nível mundial, que ainda hoje influência a escrita de muitos, novos e velhos, escritores.
Neste ano, que por alguma razão decidiram comemorar o seu nascimento, muito se faz pelo país, apelando à escrita e à leitura.
Workshops, debates, concursos... mas o mais interessante de todos e que quero aqui trazer a atenção, será aquele a realizar neste mês de Junho, em que em representação da arte da escrita, se juntam personalidades no Terreiro do Paço, para aludir a Pessoa de outras formas... quais?
Inicialmente com a Participação em DJ Set's e pinturas de Graffitis... que tendo em atenção a grande capacidade de alguns graffitis que por aí andam, certamente se chegará a grandes obras dignas, essas sim, de estarem expostas pelas paredes da cidade que acolheu Pessoa.
Mais tarde, no mesmo dia, é a vez do Hip Hop português, com musicos como Sam the Kid, D Mars, T-One, Dj Ride e mais.

Tudo isto no dia 13 de Junho... à pois é... no dia de Sto António de Lisboa.
Feriado e para aqueles que trabalham na grande Lisboa... que desculpa então para não aproveitar?

O Coleccionador de Sons vs. O Perfume

Alguém ousou dizer que eram mais ou menos a mesma coisa...
Ok... ou não os os leu ou não percebeu.
Não vou aqui descodificar cada um, mas se certo é que de alguma forma "O Coleccionador de Sons" evoca a obra de Patrick Süskind, "O Perfume", o primeiro apela a um sentimento maior... o do amor verdadeiro e altruísta.
No "Perfume" o protagonista, além de não ser amado, só procurou atingir o objectivo maior, o da procura da 12ª essência.


No "Coleccionar de Sons", não só o protagonista se descobre a si mesmo envolvido numa "maldição", como descobre em sim o som único.


A história remonta a "Tristão e Isolda", amaldiçoados com a poção do Amor. Porquê amaldiçoados? Porque um morreu de amor pelo outro... neste livro... o amor de um pode matar o outro... por isso o protagonista, para proteger a sua amada, imola-se , tentando assim por fim a uma maldição.
Não é só a evocação à obra de "Tristão e Isolda" como peça literária, mas também à ópera de Wagner, que por algum tempo alguém achou estar amaldiçoada com o elixir do amor.

A Ler:
O Coleccionador de Sons - Fernando Tríes de Bes
O Perfume - Patrick Süskind
Tristão e Isolda

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Per7ume

Mais uma banda do Porto, com a qualidade musical que queremos ouvir.
Formados a 07-07-07 (reparem no pormenor que levou à criação do nome Per7ume), compõem a banda: A.J. Santos na voz e guitarra, José Meireles na guitarra, Bruno Oliveira na bateria, Nelson Reis no baixo e Elísio Donas no teclado.

O single de lançamento, "Intervalo", conta com a participação de Rui Veloso.
Aqui fica a letra:

Vida em câmara lenta,
Oito ou oitenta,
Sinto que vou emergir,
Já sei de cor todas as canções de amor,
Para a conquista partir.

Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal…
Sou eu…

Vida à média rés,
Levanta os pés
Não vás em futebois, apesar…
Do intervalo, que é quando eu falo,
Para não me incomodar.

Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal…
Sou eu…

Não me deixes já
Historia que não terminou
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal…
Sou eu…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal…
Sou eu…


"As Vinhas da Ira" - J. Steinbeck

"Somos apenas a raiva que sentimos quando nos expulsaram das nossas terras, quando o tractor derrubou as nossas casas. e assim seremos até à morte. para a Califórnia ou para outra região qualquer - cada um de nós é um tambor a dirigir uma carga de amarguras, caminhando com a nossa desgraça. E, algum dia, os exércitos de amargura irão pelo mesmo caminho. E todos caminharão juntos, e haverá, então, um terror de morte"

Neste romance Steibeck, descreve o longo e desesperado percurso dos Joads, uma família de camponeses do Oklaoma, que, espoliada, pela força, das suas próprias terras, viaja sem descanso atá à Califórnia, numa busca desesperada de trabalho e de um lugar para viver.
O romance mostra o desespero de tentar manter a família unida e as duras realidades que viviam nos anos da recessão nos EUA.
Steinbeck decidiu não terminar realmente a história, suspende-a apenas, para deixar ao leitor uma razão para pensar.
Os sobreviventes desta história não chegam ao seu destino, mas também não foram vencidos pela dureza dos tempos.

Outros livros a ler, do mesmo autor:

"Homens e ratos"; "A Um Deus Desconhecido"; "A Pérola"


quarta-feira, 4 de junho de 2008

Mia Couto

António Emílio Leite Couto, nasceu em Moçambique, na cidade da Beira, em 1955.
Em 1972, foi para Lourenço Marques estudar Medicina.
A partir de 1974 enveredou pelo jornalismo tendo-se tornado director da Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Em 1985 regressa à Universidade Eduardo Mondane para se formar em Biologia.
Tem as suas obras traduzida em várias línguas.
O mais característico na sua escrita é a transposição do português característico do povo moçambicano para a forma escrita que lhe confere um aspecto único.
Ma Couto vê agora uma obra sua passada ao grande ecrã.

"Terra Sonâmbula"

ou o descrever de um cenário de pesadelo de uma terra enfraquecida pela guerra faticida, onde um rapaz e um ancião iniciam uma viagem par se encontrarem.

Foi galardoado com o prémio Vergílio Ferreira 1999.

"A missanga, todos a vêem.
Ninguém nota o fio que,
em colar vistoso, vai compondo as missangas.
Também assim é a voz do poeta:
Um fio de silêncio costurando o tempo."


terça-feira, 3 de junho de 2008

John Steinbeck

John Ernest Steinbeck (1902-68), nasceu em Salinas, Califórnia, numa família de parcos haveres. Chegou a estudar Biologia Marinha na Universidade de Stanford, mas desistiu do curso, e depois de uma série de empregos fracassados, dedicou-se à literatura, tendo optado por se instalar em Nova Iorque em 1925.
Depois do fracasso dos primeiros livros, regressa à Califórnia, onde continua a escrever, numa casa isolada.
Finalmente em 1935 conhece popularidade e definitivamente em 1939 surge o romance que lhe conferiria o prémio Pulitzer - "As Vinhas da Ira".
Em 1962 recebeu o prémio Nobel da Literatura.
Quando faleceu em 1968, tinha produzido uma vastíssima obra literária, de onde se destacam temas levados ao grande ecrã por realizadores como Jon Ford, victor Fleming ou Elia Kazan:
"A Um Deus Desconhecido"; Ratos e Homens"; As Vinhas da Ira"; "A Pérola" e "A Leste do Paraíso"
Obras riquíssimas quer na literatura, quer na 7ª arte.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Classificados

Não, não vou começar uma secção de anúncios (bem, se pagarem bem até talvez o faça), mas vou falar da banda do Porto (carago, é só coisa boa no Porto, duvidas? Então vejam só Rui Veloso, as francesinhas, o campeão FCP, e poderias continuar por aí a fora... mas não é esse o objectivo deste Post, por isso...).
Esta banda anda a mostrar por aí que ainda se consegue fazer boa música e em português.
Lançaram um albúm inspirado nos anuncios classificados e conseguiram chamar a atenção.
Mas se esperam encontrá-los na NET...
bem o resultado são páginas e páginas de ... classificados de tudo o que é jornais...
O melhor mesmo é ouvi-los... não vos dou aqui esse privilégio, ainda não me rendi ao método de postar músicas e videos... talvez um dia.
Mas gostava de fazer apenas uma referência a este single de lançamento, "Rosa (do teu jeito de ser)"... não é que faz lembrar um poema de Fernando Pessoa?

Notem:

Refrão

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de se




Fernando Pessoa

Teu vestido porque é teu
Não é de cetim nem chita
É de sermos tu e eu
É de tu seres bonita

Se calahar sou só eu, mas ... aqui fica o resto da letra... e boas músicas


Escrevi o teu nome na linha férrea para que o pudesses ler
Mas tu passaste a 100 à hora e sem tempo para o ver
Fiz outra tentativa e escrevi no alcatrão
Mas nessa tosca avenida não passa o teu avião

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de ser

Em poucos dias toda a cidade estava pintada de rosa
E por todos os lugares lia-se o teu nome em prosa
Mas de ti nem um sinal, nem sequer uma notícia
A tua ausência prolongada era já caso de polícia

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de ser

Tentei só mais uma vez escrever-te na terra molhada
E, da noite para o dia, eras uma semente germinada

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de ser

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu...

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de ser

domingo, 1 de junho de 2008

BD

Como a meu ver, literatura também é banda desenhada, vou aqui postar acerca do meu personagem favorito.

Calvin & Hobbes.

Bill Waterson faz-nos ver o mundo pelos olhos de um "puto" reguila e o seu tigre de peluche.
Waterson, faz-nos recuar no tempo, até aos dias em que também eramos miúdos e fantasiavamos num mundo próprio e único das crianças.
Sempre li muita banda desenhada, da mais variada, mas desde que conheci o Calvin (em livro claro, porque todos se lembram dele do jornal O Público), fiz questão de adquirir a colecção.

É fantástico...

Queen

Não podia deixar de o fazer...
tenho mesmo que começar a falar do meu grupo musical favorito.
É óbvio que muito há a dizer sobre esta grande banda.
Poderia falar de N espectáculo, N albuns, N músicas.
Mas quero apenas e pra já recordar o único concerto posssível de Queen em Portugal... foi simplesmente genial.
Pena já ter sido sem Freddie, mas... bem que podiam ter trazido a Katie Melua, como fizeram em outros concertos.
Mas enfim... vamos esperar, quem sabe Brain May não traz os Queen de novo cá...

Vamos esperar.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Ketevan "Katie" Melua


Nasceu na Georgia a 16 de Setembro 1984, em Kutaisi, cantora e compositora britânico-georgiana. Aos 8 anos partiu para a Irlanda do Norte, tendo aos 14 anos passado a viver em Inglaterra, onde a 10/8/2005 se tornou cidadã.
É uma voz simplesmente genial... pura e simples, capaz de nos levar para lá da música, e com uma discografia de sonho.

Call of the Search, o 1º albúm atingiu 6 platinas, tendo nesse albúm, dedicado a faixa Faraway Voice à cantora Eva Cassidy.

Piece by Piece, dois anos depois atinge o top mundial, recebendo uma platina.

Pictures, o último albúm, editado em Outubro de 2007, atinge nas primeiras semanas o 1º lugar na alemanha, tendo recebido logo um disco de platina (+ de 200.000 cópias)

Boas músicas...

Eva Marie Cassidy


(2/2/1963 - 2/11/1996) Cantora norte-americana, embora fosse muito tímida, conquistou reputação local como intérprete de vários estilos musicais.
Dona de uma voz de grande expressão e controle, interpretava de maneira única. Em 1996, ao morrer vítima de cancro, Eva Cassidy ainda era praticamente desconhecida, mas a morte não encerrou sua trajetória musical.

Em 1998 foi lançado o álbum Songbird, uma coletânea com faixas de álbuns anteriores (The Other Side, Eva By Heart e Live At Blues Alley), Songbird alcançou o primeiro lugar nas paradas de sucesso da Grã-Bretanha, com mais de 1 milhão de cópias vendidas.

Desde então várias músicas gravadas por Eva têm sido utilizadas em bandas sonoras (Simplesmente Amor - Actually Love, Encontro de Amor - Maid in Manhattan) e séries de televisão (Dawson's Creek, Smallville).

Antoine de Saint-Exupéry


Escritor de "O principezinho" livro que adoro, e que quero deixar aqui a justa homenagem.

A primeira vez que li esta história devia ter uns 7 ou 8 anos, foi uma oferta da Câmara de Setúbal.

Um pequeno livro de bolso ilustrado com as aguarelas do autor.

Mais tarde, adquiri o livro que por razões que não me lembro, desapareceu de casa.

Finalmente quando o meu filho nasceu comprei uma cópia da 1ª edição, editada pela Editorial Aster. Porque é importante a editora?

Porque durante anos "persegui" este livro e infelizmente as editoras não tinham a versão que eu procurava... todas elas "adulteravam" a parte da raposa com o principezinho... ao ponto da versão da Editora Europa-América, traduzir como "cativar" para o facto de a raposa e o principezinho não terem ainda "relações".
Outras como a Caravela, traduzem apenas como "estar preso", menos mal... mas perde um pouco a poesia do autor.

Mas como o post é para homenagear e não para falar mal das editoras, voltemos ao assunto...

Já antes tinha falado aqui de um escritor português que admiro e que anteriormente fêz uma homenagem a outro homem que marcou a minha vida, Carlos Paredes.

Agora José Jorge Letria volta a surpreender-me (embora o livro tenha mais de 10 anos) encontrei agora o livro "António e o Principezinho" a devida homenagem ao homem que nos fez sorrir e ainda faz.



Ainda bem que o seu amor pela escrita e pelos contos pode ser homenageado nas mãos de um escritor de valor.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

porque gosto

gosto de escrever porque gosto
gosto de dizer o que me vai na alma
em prosa poesia e verso
ou nem por isso.

gosto de dizer o que sinto
ou o que gostaria de sentir
ou talvez como Pessoa
apenas escrever como gente

gente que finge que é a dor a dor que deveras sente.


R.MS

Paredes (C.)



Ecoam em Paredes

os acordes da guitarra,
choram as cordas sob o impulso
desses dedos esguios.

Em Paredes nasceu o fado,

da guitarra

nasceu a saudade

da voz.

O fado,
a guitarra,
o som da saudade.
Ai, fado, fado.
É saudade da guitarra
ou do fado?

Tens o fado no coração,
a saudade nos dedos.
Ai, fado,
ai, saudade.




Homenagem a Carlos Paredes

Desenhos e Texto por Ruy Mourinho

Movimentos Perpétuos




E porque aqui também se fala do que se vê... e em continuação à homenagem merecida à personagem real que foi Carlos Paredes, não poderia deixar passar por alto o Cine-Tributo realizado por Edgar Pêra.
Movimentos Perpétuos, a cor dada às notas soltas dos dedos mágicos de Paredes.
Filme premiado em 3 categorias no festival Indie Lisboa: Melhor Longa-metragem Portuguesa, Melhor fotografia para filme português e Prémio do público para melhor Longa-metragem.

Simplesmente genial.
Um aproximar intimo do choro da guitarra portuguesa, a saudade... o génio.



O Conto antigo da gata Borralheira,
O João Ratão e o barba Azul e os 40 ladrões,
E depois o catecismo e a história de Cristo
E depois todos os poetas e todos os filósofos;
E a lenha que ardia na lareira quando se cantavam contos,
O sol havia lá fora em dias de destino,
E por cima da leitura dos poetas as árvores e as terras...
Só hoje vejo o que é que aconteceu na verdade.
Que a lenha ardida, cantante porque ardia,
Que o sol dos dias de destino, porque já não há,
Que as árvores e as terras (para além das páginas dos poetas)
Que disto tudo só fica o que nunca foi:
Porque a recompensa de não existir é estar sempre presente.

Álvaro Campos


Porque é das personagens que nascem dos livros que criamos as fantasias.
Se assim não fosse nunca poderia o Peter Pan e as crianças da terra do Nunca, continuarem a existir por tantos e tantos anos.
É por isto que se escreve... para dar vida ao personagem que nunca foi.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Como se edita um livro

"O mundo moderno não se compadece com o vagar que é necessário para construir uma relação com o autor. Hoje os editores nem sequer lêem os textos.
Na maior parte dos casos , o título publica-se porque o autor tem um programa de televisão, é jornalista, é politico, é tudo menos escritor."

- Nélson de Matos - in Sexta


E não é que é verdade?...




A Merecida Homenagem

Imagem: Campo das Letras

Tardou, talvez por querer tardar a despedida.
Tardou a tinta que secou na ponta da pena, que com pena do passado chorou.
Tardou a merecida homenagem, que nasce pelas mãos de um amigo.
A merecida homenagem aos movimentos perpétuos das mãos que dançam nas cordas da guitarra.
José Jorge Letria escreveu a história que eu gostaria de ter escrito.
A história de Carlos Paredes.
Numa excelente apresentação, o livro "O menino que se apaixonou por uma guitarra - Carlos Paredes", da Editora Campos das Letras, descreve de um modo poético, apaixonante e simples a vida desse grande músico. Tão grande que as suas "asas" abraçaram não só Lisboa, não só Coimbra, não só o choupal; mas ao abrir assim as suas "asas" abraçou Portugal e o mundo e fechou-nos num abraço profundo.
Que me perdoe o "amigo" Letria, mas quando na pág. 30 diz que já não foi capaz de suster o abraço... só não o conseguiu fazer fisicamente. Expirou e fechou-se para o mundo. mas a sua obra nunca... a sua música, o "choro" da guitarra, vai ser sempre aquele abraço que ele tentou fechar.
Adeus Carlos...
que a tua música nos alegre sempre, recordando verdes anos.
Obrigado José Jorge Letria por esta excelente Homenagem!!

(OK, eu sei... já tinha escrito isto no outro lado, mas mesmo assim nunca é demais lembrar este grande senhor da Guitarra Portuguesa, tudo porque tão somente, irei fazer outras postagens acerca do mesmo)

Que livros????

Que livros compram os portugueses...não sabemos ao certo. A única certeza é que houve um aumento de 40% para o último trimestre, em que metade desse aumento deu-se no mês de Dezembro. Percebe-se...
Afinal, não nos falta adquirir livros... parece que falta mesmo é lê-los.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Adenda

Adenda ao quê?
É giro este termo... e como tem tudo a ver com escrita...

Adenda - s. f. acrescentamento no fim de uma obra literária; suplemento; apêndice. (do latim - addenda "o que se deve acrescentar")
Dicionário de Língua Portuguesa, 6ª edição - porto Editora

E tudo isto só para dizer que as postagens neste blog estão muito à frente...
É que o horário é o de Kuala Lumpur, mais 6 horas...


Onde aprender a fazer...

Como este blog trata de escrita, uma das áreas, quero deixar aqui um site, ou melhor um local onde aprender a fazer e de várias formas...
a empresa Escrever Escrever, dá formação em escrita criativa.

em http://www.escreverescrever.com

a visitar... e aproveitar.

Boas escritas...

Novo Capitulo

Não tenho intenção de criar blogues uns atrás dos outros, mas há já algum tempo que me apetece comentar alguns livros lidos, outros que nem consegui começar... as músicas que oiça e as novas que surgem...
alguns filmes... talvez tão velhos como eu, outros mais novos... e quem sabe... escrever outras coisas que me passam na alma.
Esperar para ver... ou melhor... escrever.