segunda-feira, 2 de junho de 2008

Classificados

Não, não vou começar uma secção de anúncios (bem, se pagarem bem até talvez o faça), mas vou falar da banda do Porto (carago, é só coisa boa no Porto, duvidas? Então vejam só Rui Veloso, as francesinhas, o campeão FCP, e poderias continuar por aí a fora... mas não é esse o objectivo deste Post, por isso...).
Esta banda anda a mostrar por aí que ainda se consegue fazer boa música e em português.
Lançaram um albúm inspirado nos anuncios classificados e conseguiram chamar a atenção.
Mas se esperam encontrá-los na NET...
bem o resultado são páginas e páginas de ... classificados de tudo o que é jornais...
O melhor mesmo é ouvi-los... não vos dou aqui esse privilégio, ainda não me rendi ao método de postar músicas e videos... talvez um dia.
Mas gostava de fazer apenas uma referência a este single de lançamento, "Rosa (do teu jeito de ser)"... não é que faz lembrar um poema de Fernando Pessoa?

Notem:

Refrão

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de se




Fernando Pessoa

Teu vestido porque é teu
Não é de cetim nem chita
É de sermos tu e eu
É de tu seres bonita

Se calahar sou só eu, mas ... aqui fica o resto da letra... e boas músicas


Escrevi o teu nome na linha férrea para que o pudesses ler
Mas tu passaste a 100 à hora e sem tempo para o ver
Fiz outra tentativa e escrevi no alcatrão
Mas nessa tosca avenida não passa o teu avião

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de ser

Em poucos dias toda a cidade estava pintada de rosa
E por todos os lugares lia-se o teu nome em prosa
Mas de ti nem um sinal, nem sequer uma notícia
A tua ausência prolongada era já caso de polícia

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de ser

Tentei só mais uma vez escrever-te na terra molhada
E, da noite para o dia, eras uma semente germinada

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de ser

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu...

Tens um nome delicado, não se pode escrever
É preciso entrar em ti para te poder conhecer
Não é nome que se diga, não é nome de mulher
É da cor do teu vestido, é do teu jeito de ser

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