Nas enseadas dos segredos
Há uma outra vida em surdina
De encontros breves e intensos
De renasceres nunca encontrados.
As aves nas escarpas negras
Fazem a dança dos excluídos
Quanto mais perto da morte
Mais rente o peito da Rocha.
Lá estão os amantes em suspenso
Em voos rápidos e acutilantes
Desprezando o relógio dos costumes
É preciso percorrer essas enseadas
Criar tempo e imaginá-los
Até à exaustão dos sentidos e das noites.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
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5 comentários:
Exaustão...uma palavra, que utilizo amiúde.
Quase sinónimo de desafio.
É o meu dia a dia, é aminha vida, aminha escrita.
Um abraço
Lindo poema!
Obrigada pela visita em meu blog!
Volte sempre! (tem post novo)
Beijo
"É preciso percorrer essas enseadas
Criar tempo e imaginá-los
Até à exaustão dos sentidos e das noites"
Lindo gostei muito do poema na Exaustão das palavras belos versos se desfazem, dando alento aos sentimentos! As fotos muito bem escolhidas;)
Beijo terno
por vezes procuramos em enseadas de segredos o que se nos oferece em planaltos de luz... preferimos viver renasceres nunca encontrados e danças de excluídos pelo estímulo dos sentidos e pela falsa ilusão de sal que nos trazem, esquecendo que o relógio dos costumes também nos traz felicidade... SE...
e aí concordo, percorrermos essas enseadas "criando tempo" e continuando a imaginar e a reviver "até à exaustão dos sentidos", mesmo quando a pele do nosso companheiro já se enrugou, o olhar perdeu o brilho, o sorriso já se apaga, as pernas estão presas a uma cadeira... isto sim tem sido um feito meu!!! que consigas a plenitude de um sentimento assim!!!
a foto foi muito bem escolhida!!
mt bonito:)
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